ao poeta MANOEL DE BARROS, " in memoriam"
O poeta não morre
o poeta morre
e assim pétalas negras de tristeza
vão se desfolhando na minha alma
mas Manoel vem chegando
com os pincéis do arco-íris
passarinho voou além da vida
tá encimado no ninho da lua
tingindo horizontes
e transportando montes
virou pantanal de galaxias
garças no horizonte tocam harpas
ninhos compõe silencios
Manoel é arco-íris
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"
Uso a palavra para compor meus silêncios.Não gosto das palavrasfatigadas de informar.Dou mais respeitoàs que vivem de barriga no chãotipo água pedra sapo.Entendo bem o sotaque das águasDou respeito às coisas desimportantese aos seres desimportantes.Prezo insetos mais que aviões.Prezo a velocidadedas tartarugas mais que a dos mísseis.Tenho em mim um atraso de nascença.Eu fui aparelhadopara gostar de passarinhos..."
MANOEL DE BARROS