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Sensíveis Cordas!

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SIMPLESMENTE SOFIA ( zocha)



                                (Carroção do Tempo (dos polacos))

                         "...executo  meus versos na flauta das minhas vértebras..."
                                              Maiakóviski


    Sofia encaracolou os cabelos louros
   de polaca lambida.
  Hoje em algum lugar do presente tirou
  a blusa de cambraia branca com rendilhas
   nas bordas da gola,
   e irreconhecível caminha entre as cercanias do jardim,
  de lenço, chapéu de palha e botas com o tesourão nas   mãos.
  A cada picotada no pescoço das roseiras,
 atira longe os galhos imprestáveis,
 que seu Lucas marido, (lukinha) cata
 e depois deixa limpo o terreiro, porque o chão  se reescreve e escrever  como dizia Clarice , pode ser uma forma de abençoar uma vida, que não foi abençoada .
 São Tomaz de Aquino chegou com Aristóteles
 da abadia de Tomáz Coelho, cidade colonizada pelos poloneses no Paraná, com Geraldo. Observam a teologia de Sofia e este último tem dificuldade em  entender as suas oxítonas e as
equações riscadas no afofamento da terra.
Geraldo é o sobrinho quase padre católico que 
observa os movimentos rítmicos de tia  Zocha
entre as cortadeiras formigas.
Se o canteiro é água, ar, fogo e terra, pisca
pra Graça, sua amada, por quem deixará  a batina,
afofando tudo com o sopro do zelo, 
não é difícil  tentar descompreender  o jardim....será?!!!

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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 04/02/2008
Alterado em 04/06/2008


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