A vida escreve. A vida silencia. Máscaras se desenham nas vidraças aureoladas e escondem difarces. Desdenhas de amor borradas. É melhor contabilizar o ilusionismo que a memória da realidade brutal. Assim a vidraça vira vitrine do amor cor de rosa, de vidas inseparáveis que a realidade nunca acolheu e paixões se confundem com amor. É preciso viver o agora e se auto- borrifar e se reinventar sob disfarces é do continuo ilusionismo. Ele sabe que penou o inferno com o outro, que o outro lhe desdenhou, lhe pisou, lhe massacrou mas a fuga de si mesmo precisa de máscaras, narcisos, papoulas, lírios, alecrins precisam do espelho todos os dias e inventar pássaros pra dormir no travesseiro de pregos de cada dia, que a mentira para si mesmo pode ser consoladora ..........