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Sensíveis Cordas!

Textos

Sou constante mutaçao

trago o rebanho adâmico

disperso

com essas mãos cegas

das minhas caveiras adormecidas

tateio o mundo

quem sou eu

quem és tu

névoa no tempo

queria segurar a eternidade

com as mãos

mas meu bordão

afunda na areia 

sou poeira  caiaçao

ossos ao vento

caveira e desterro

e tu quem és

a tempestade sempre

me toma vestida de pranto

ave dormida forquilha de nós

vou deixar cair a bandeja 

desse  verso

passar batom vermelho

na sola do sapato

e respingar de arco íris o

rastro da lesma 

ou pintar a boca da barata

sou garra e asas 

filha da inquietude 

ainda assim te amo

meu poema perdido

 

Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 14/12/2024
Alterado em 14/12/2024


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