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Sensíveis Cordas!

Textos

   

   as sombras se diluem 

o orvalho tece  partituras

a xícara cai no chão e não quebra

singro teu rosto e teu corpo plasma de inquietudes entre vales e montanhas nas pedras que voam

elas tem asas

desenho uma silhueta de louça 

na lousa negra do incontindo

Sou pássaro esculpido  no golgota das horas

alma no atol dos ninhos ouvindo o teu canto e teu grito

Tu amado  que centelhas e mortalhas

estás aqui estás acolá

estás em todos os lugares

teus cabelos de cachos de girassois

vingam as vespas e as modorras

e as vulgaridades das desditas

e quando anoitece e betume do céu

tinge minha alma 

minha múmia ilumina mil anos 

e vejo as múmias do mundo

e o escárnios da carne volutam

tempestades e abortos

paixões carnosas em masmorras

me abrigo em teu verso encarnado

asas molhadas guerra sangrada

por te amar 

 E singro  hemisférios 

do que dizes do que ocultas

e nada entendo

enquanto se regozijam  os ladrões

e tu resplandesces  criança interior

e amante / no legado do verbo

que em mim vive

 eternidades

 

 

 

 

 

 

 

 

Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 10/12/2024
Alterado em 11/12/2024


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