Flor dos meus sentidos
acorda-me desse delírio
ressoam as cordas do tempo é martírio
enquanto o vento sussurra grita
espolca e o silencio
me veste de sais
esta flor de sal sangra
e no espelho do cálice a dor
do amargor desses olhos de po cegos
o que vejo o que nao vejo
onde estás agora ser do meu ser
pedaço pão da minha aurora
sandálias talares não mudam
o destino dos vivos passantes
por essas estradas errantes
ebrios de finitudes
alheios a ampulheta e o tambor
aqui estou ainda
carnada em mortal veste
silente estoica presente
no mesmo chão na mesma casa alada
entre paredes dessa terra guarida
nesta esfera. tao distante do sol
da pedra pura brilhante de tua alma
que infinita saudade de ti
minha irmãzinha
meu lume