foto/LReinhardt
Entre o sol e a sombra
respiro
a noite me vigia
preciso de lampiões
o eco agonia
caminho pela rua deserta
não ouço gritos de amor
o escuro das paixões é dor
no meio fio um escarro entalhado
meu verso chora ao chão
sua poça de lagrimas
O céu pranteou hoje
e não foi por mim
As nuvens estão em chamas
Cordeiros são massacrados
poemas de carne e osso dependurados...
Que varal é esse que o vento
traz o cheiro do mundo
dos sonhos queimando vivos...