A vida não perdoa e guarda na coxia a verdade do engodo que o palco enganado sempre aplaude. No palco iluminado borboletas de neons e vozes estridentes de cigarras baforam nadas.. Que sabeis plateias sobre o descaso do verbo ironizando e escarragando sobre a vulgaridade? Estáveis bem acomodados em suas poltronas oficiais selados pelo vosso conforto. Por acaso, conheceis ou já ledes em algum tempo de suas lidas assoberbadas o Diário de Judas? Continuais, continuais passando vosso tempo amaciando- o nas termas de vossa saliva e na destra das penas do vosso pó o elogio às falácias do amor entre aspas.. Oras, sois desculpáveis, nada sabeis. A poesia é humana, soberanamente humana nos enganos e auto enganos também.