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PÁGINAS DA ALDEIA/NA OLARIA A VOZ DE UM CÂNTARO
No vasto e profundo
silêncio da planície,
quando a noite desbota os lírios
e se faz côncava ao reclinar
dos meus círios,
na Olaria a voz
de um cântaro
ressoa sobre a mesa.
Guarda o vento,
o líquido, o cenho,
a carne do pensamento.
Ouço-o...
repica em profundezas
sem fronteiras,
onde não existem
trincheiras,
e as palavras insólitas
ecoam-me,
e te guardam...
verdadeiras!
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