Nao se sabia bem o que era aquele vulto envolvido numa pele de muitas cores. Tentava-se decifrar a cor do tempo para tentar fazer analogia com os tons que mudavam nele a cada instante em que olhava, mas o vacuo da desconfiança estava sempre presente. Haviam momentos que uma gélido arrepio cortava as costas e os pelos arrepiavam. O medo lambia a aura do observador e o que se observava parecia nesta hora mais sedutor. Esticar o braço para tocar-lhe, impossivel, ja aconteceria um gozo inevitavel e ele mudaria de cor. Ele se comprazia na pele das cores que nunca possuia.