Foto/Lilian Reinhardt
(Somos naves viajantes dentro de nós como a nave da Terra em volta do Sol disse alguém)
Por muito tempo perambulei pelas estradas duras, escarpas dolorosas, procurando o sentido das coisas, perdendo os sonhos em becos ínvios de buscas erroneas pelo conhecimento interior.
E viajante na imensidao da alma como a nave da Terra em volta do sol,descortinava paisagens, ouvia nos meus silencios minha propria voz reverberando os sons vocalicos da minha inquietação dolorosa e insolita de vivente.Então, enquanto trabalhava, sempre fui arrimo de família juntamente com minhas irmãs, eu vivia e buscava sempre interiormente novos caminhos. Já muito cedo havia me afiliado numa escola de filosofia esotérica de ancestralidade egipcia por profunda necessidade de minha busca de conhecimento. As luzes recebidas sempre nortearam o meu caminhar.
Sabia que o processo nao comportava muletas. E que teria que insolitamente aprender a arrancar-me da rocha da minha ignorancia e que este processo nao delegativo jamais estaria no respirar de uma superficie de jardim de delicias mas, que lentamente iria revolver-me a crosta com dor dos meus milenios de inconsciencia e eu continuaria a despir-me ao meu proprio espelho sempre,pois os meus olhos internos da consciencia precisariam estar claros para refletir o meu mundo verdadeiro e poder aprender a amar...
O vento do tempo desnudaria meu corpo e sopraria poeira nos meus olhos físicos mas, a lanterna continuaria acesa a iluminar as trilhas dos meus pés descalços...e eu seguiria ouvindo os sinos das reminiscências da alma que me seriam reveladas...