Que sabemos nós da verdade ou sobre a verdade das coisas, fatos, realidades vividas ou contadas por outrem... outrem pode ser apenas  um portador de palavras certamente com sua caixa oculta(e todos temos caixas ocultas), onde se for sagaz e esperto cuidará com toda sutileza das ferramentas que ali guarda, se a verdade não condiz com a sua  realidade...E a realidade fragmentada  irá se construindo à mercê das sombras de suas  realidades próprias, criando imaginários..., na idiossincrasia do ego humano,na filosofia nossa de cada dia, no existencial humano, construção de irrealidades se sedimentam. Desconstruir realidades para irrealidades é próprio de humanos, basta pensar para sentar em cima da própria palavra e poetar cabalisticamente o fim dos tempos, o fim dos versos , a utopia do amor e da amizade sem traição, a inconsciência que temos um do outro, o mundo que roda das inventivas do ideário de que temos necessidade, muito  mais nesses tempos cibernéticos em que as distâncias mais aproximam das nossas irrealidades, das nossas ficções, pelo teclado mágico da impessoalidade, do descompromisso. Estetização das sombras, caverna exposta.Mas,  podemos engavetar nossas realidades e deixa-las ao alvedrio no esconderijo para Freud degustar...