foto/sitio arqueológico de Guaraqueçaba/PR
Brasil
UMA ESCRITA DE ÁGUAS
Do talhe subterrâneo da rocha,
sob a escuridão
as águas lavam-me os pés.
Fugidias, tremulam
comos trovas de orvalho,
infiltrações de palavras úmidas
sob as lajes das minhas carnes.
Essas águas escrevem uma
fluidez densa sob meu corpo,
matéria incandescente
e sob esta latência fluídica,
tremula esse teu canoro peso,
bolha d'água deste submerso cósmico...
,
... essa trêmula escrita d'água sob a minha pele!