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TORRES DE PAPEL/ TRAPEZISTA (iii)
.... v. é nós shushullinha... Ontem eu devolvi à terra uma semente já arvorezinha. Enquanto meu olhar perdia-se na funda cova, entre as ramagens verdes dos cedros, as nuvens esvoaçavam e brincavam aos meus olhos calcinados. Enquanto deitava-se à terra aquela semente, eu pranteava a minha saudade, e via a altivez e o mistério das árvores que me acenavam, como se a vida me estivesse a dizer: - veja, eu sou trapezista, eu sou assim, breves são as espirais de fumaça do meu tempo. Os que pensam que me bebem, não o sabem, eu é que os trago, eu com meus vermes, minhas pompas, minha graça. Então, também chorei por mim! www.cordasensivel.blogspot.com
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 29/04/2007
Alterado em 01/05/2007
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