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escultura: chillida
NA OLARIA (III)
Os séculos jazem na forja,
meus olhos reluzem em vão,
que vejo eu, além da bruma,
da argila do meu pão?
A noite embalsama meus sonhos,
meus vasos secam sobre as prateleiras,
cinzelei meus celeiros e meus grãos.
Na fornalha acesa queimam meus pássaros,
a chama arde, retempera o vaso,
fervem leveduras as trinchas de sangue,
lavas incendeiam as partículas,
o barro se revolve, sob o corpo
deste chão...
(Excerto de Escritas do Oleiro)
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 29/04/2007
Alterado em 29/10/2007
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