pintura/Lilianreinhardt
Como ontem, como agora nasceu em algum lugar...foi-lhe cortado o cordão umbilical, linguiça dependurada num varal de moscas, também lembra que morreu um boi . Ele já cresceu e na escola chuta as carteiras e a professora. No século morto fazia parte à mesa dos conjurados a ouvir-lhe os interesses. Ao rei de Portugal toda devoção e fidelidade, carregamentos de riquezas, a colonia é próspera e breve aquele do cordão umbilical enterrado pela escrava que lava-lhe os panos será designado Capitão Mor da casa real. O finado exconjurou, traiu e reinou na história. Entregou a cabeça do pobre boi à posteridade a gritar sem voz, vez que saco de dinheiro carrega o mundo e caráter é raridade, pátria de degredos precisa de profunda reinvenção e ética... Boi de piranha é sempre sacrificado entre os Reis! Em nome de qual reino o povo morre? Por quem matam-se bois ?!
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 16/11/2013
Alterado em 17/11/2013