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Sensíveis Cordas!

Textos




         Vou escrever aqui
          o que não deveria
          porque  palavras caem
          no éter e sulcam
          meu tempo de carne
          Flores caídas
          esqueletos secos
          naquele Oratório vazio
          onde ontem habitava o verbo nú
           hoje só  labirinto de sombras
          dizem de um sopro esvanecido
          Ali dentro respirava o fenômeno
          e a língua mais pura
          que marejava a lágrima
          em que a palavra cria
          mas os traços viraram sinais
          em sfumatto  
e a candeia cega
          queimou meu Oratório dos mortais...
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 06/12/2012
Alterado em 06/12/2012


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