foto/Lilianreinhardt
As minhas ilusões são pipas voadoras da pátria da infância, o planeta mais puro da minha vida que eu habitei e nas profundezas ainda me habita. Lá eu ouvia os caramujos voadores noite e dia falarem-me da beleza dos seixos pelos rios, mares, dormitando nos braços das ondas nas areias desertas, ouvia eles contarem a história de que os seixos ficam pelo caminho à medida que as correntezas como pipas se alçam aos céus sob o vento. Lembra-me os alquimistas da idade média e seus tubos de ensaio misturando e separando as substâncias.\O ponto que coreografa os meus passos pulsa na teia das minhas linhas e minha árvore tece o pullover violeta/púrpura, a Arte da vida que se faz sentido para eu respirar. Sou vida e morte. Na minha insolitude exercito-me para decantar-me, na queima da forja sangro, e minhas ilusões esvoaçam .....tem asas, caminham por beirais inimaginados...não há lugar para soprar palavras de fumaça sobre o amor... há necessidade de muitas vidas para aprender a soletrar o alfabeto do amor... e, eu ainda sou árvore cega de Betsaida...
P. S. publicado às 13,16 hrs.
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 24/06/2012
Alterado em 24/07/2012