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(Memoriais de Sofia/Zocha) Chaves guardadas sob as mãos dos sete candeeiros... Zocha corria os olhos sobre os fragmentos da Aldeia que levitavam. Havia uma escrita nova em cada parte e tudo recobria-se de novas floradas. Cada coisa parecia acontecer da multiplicação de si, de sua ínfima partícula, a luz não se propaga retílinea, difrata- se... A cada fragmento infinitos vasos sob o tempo e o vento de Osíris. Havia um mapa na pele do vaso daquela Aldeia e na pele das coisas, as aves renasciam de suas grutas feridas, ovos de gabirobas deitavam folhas nas rosas-pimenteiras de seus lírios de sangue...
Zocha ouvia da acústica daquelas ressonancias, as coisas brotavam do fundo escuro do vaso e cada estilhaço de fragmento pulsava, as coisas ressoavam ,ramificavam os glânglios dos rios! Ela abriu a janela e catou uma porção de azul das Gralhas para plantar o dia, antes que o crepitar da noite chegasse, girassóis escreviam das penas...
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 24/06/2011
Alterado em 27/06/2011
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