NO TRAPÉZIO
(Líricas de um Evangelho Insano)
Era uma árvore de cera ou
uma fonte de linhas d "água lancetadas?
Na calada da brisa sopravam os tons da ira
As uvas revoltas do líquido mar púrpura
aquecido pela noite esvaída revoavam....
O peso do tempo vibrava nas costas dos caniços
a gota borbulhante
que caía da boca dos peixes mortos
Os olhos fossilizados
riscavam de viés na prancha encardida
o gume do talhe que ainda escorria o líquen
da crosta ferida na franja da goela vazia
na dança das corredeiras ao vento
Nenhum mortal poderia ler
da areia daqueles salmos
sem esvair-se no trapézio de cada dia...
INTERAÇÃO POETISA KATHLEEN LESSA
O trapézio de cada dia,/
A balança, o trampolim... /
poeira, dúvidas, escolhas...Assim./_
Muito obrigada!
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 30/03/2011
Alterado em 30/03/2011