FRAGMENTOS
Das janelas o olho mágico que não é mágico, é ciclone arrebenta o tempo Sou criatura pensamento enquanto uma borboleta passa diante de mim, já não fico na orla mas, sou sentido íntimo do mar, este olho sempre duvidando enquanto borra-se o dia eu tento entrar pelas janelas fechadas. Tentarei no movimento que tudo move, no perfume que tudo envolve,no sentido oculto que não deixa rastros, sentir o rio do teu olho que guarda minha estranheza . Tornarei à ave de mim a ensinar-me a buscar aquele olho que tudo vê?
Inventaria eu o mar?O mar me inventou.E agora?Traço com os olhos um risco qualquer, vira lâmina sobre as águas, pouso de beijo contaminado,fenda na noite que esgrima, bigorna. As águas me inventaram, o fogo evapora...
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 17/03/2011
Alterado em 18/03/2011