Paul Cézanne. Mont Saint-Victoire
DO BARRO DO TEU BARRO
O aroma de todas as coisas,
a volúpia, os caracóis,
os pomos maduros da carne.
Do barro do teu barro,
o velho escultor de sementes,
sob a luz e o cinzel da alma
entalhou a nudez do crente.
No barro do teu barro,
arrebentou-se a semente,
a dor pariu-se,
e o amor como metamorfose,
fez-se obra em sarça ardente!
(D.A.reservados)