pintura/Fernando Botero
(Monalisa/Gioconda)
,,, DE LÍRIOS
.quem és tu palavra
que desabotoas a rosa do botão
quem és tu/ quem és tu/se não te sopram?
Nem o gosto nem o sal
enredam o que a história
boca aberta girasol apagado
luzes esfomeadas
escorre pelo verbo do corpo
escorrega saltimbanco
e reluz as línguas desencontradas
de uma América contaminada
de rios artérias em hecatombe
de crianças abandonadas
de subterraneos de águas/almas envenenadas
e o tempo do amor orgasma a língua encravada
o tempo do amor é descartável
descartável os olhos da esfera
que gira e gira sob o pêlo da terra/fera
em fragmentos
de ventos e tempo
a decompor primaveras
da palavra que oculta o sujeito
que explode a atmosfera
tempos de ventos e predicados
sandálias perdidas
e delírios sob o verbo de ozônio rasgado
,,,de lírios em catarse!
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 15/11/2009
Alterado em 25/02/2010