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SÓ UM CANTO /NO JARDIM DE SOFIA (zocha)
Só um canto e a luz acorda
a orgia celeste recomeça
em minha alma agreste
Tu és a carne do meu sonho
o espaço a pausa a laceração
desse anjo demônio
dessa lousa ferida
entre essas cordas que plangem
toco-te ainda vestal
com minha saliva de vinhas
no calabouço dessa argila sangrada
Em veneno e loucura
a tua pele rasga o sal
da ancestralidade da minha
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 08/03/2009
Alterado em 25/02/2010