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imagem/joão parassu
PELAS VÍRGULAS DAS JANELAS
(Reverberas de Sofia/zocha)
Lá vem o padre Santo com os bolsos cheios de santinhos . São Domingos Sávio ,Dom Bosco, N.S. Auxiliadora . A noite quando coacham as estrelas os sapos cantam ao sol ,mesmo sem ve-las. De passarinhos entende o azul! - Que padre grande, meu Deus! O tempo esticou a linha e o ôlho do meu fio e acertou em cheio o verbo da rua Goiás. Como era comprida e distante, como ficou próxima e ausente.- Mas que confusão! O Padre Santo era alto ,muito alto ,colhia as estrelas com as mãos e levitava as bolas de futebol quando jogava com a gurizada no pátio do Colégio Salesiano. Fico de olho naquele vidro de pirulitos, coloridos como peixinhos de aquário, sempre no balcão do armazém do seu Zé da Vanda. Corro com a cara lambuzada pela rua da liberdade , das planuras e da poeira devorando o pirulito e arrebentando a cara do vento com a minha bicicleta ciclone verde - Vede Verde! Quo Vadis!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Terra de Kollody , araucárias , bem-te-vis, de azul de Gralhas é essa aldeia aqui , mas o Padre Santo não era Gulliver daqui! Essa terra acende e apaga azulada. Reticências................................... as palavras nunca estão a sós, as vírgulas das janelas se balouçam no hálito delas!
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 01/02/2009
Alterado em 25/02/2010
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