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TABOADA/NO JARDIM DE SOFIA/zocha
Não sei de cor a cor da Taboada, preciso da tua mão para atravessar a rua, nunca sei qual o tom do mosaico da estrada, esta via única há milênios congestiona as minhas artérias. Mas, na igreja bizantina na colina da Vila G repicam os sinos, vai começar a missa ortodoxa das seis horas,Seu Emídio crente sai com sua bicicleta preta para ir trabalhar na fábrica no bairro do Portão, é operário religioso enquanto a polaca Tida sua mulher gratina o pão com gema de ovo. No bagageiro da bicileta ele leva a bíblia cristã ele a lê todas as noites em suas vigílias de guarda noturno, eu não entendo a bíblia de Descartes, seus capítulos eróticos de fast foods, meu olhar reciclável busca Rembrandt, Veermer ,Van Gogh ,Velásquez Gibran. Ainda piso descalça sobre os pregos. O martelo repica aos meus ouvidos, na acústica dobram os cravos, de purpura evapora a rosa aos meus sentidos!
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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 22/01/2009
Alterado em 04/03/2010
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