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Sensíveis Cordas!

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Oleiro à Beira d'Água/ 3a.edição 2017
Data: 02/11/2017
Créditos:
Poema/Oleiro à Beira D'Água
Autoria e recitação/Lilian Reinhardt
Gravação/Acústica JLS/2006
Curitiba - Paraná

Oleiro à Beira d'Água


E ele segurando entre as suas
as minhas mãos, assim me dizia:-
...para o Oleiro a sua vida é o barro
e o barro é a sua vida! A argila é a
massa do mundo e o mundo uma
grande massa de argila. Com ela,
e com suas mãos é possível moldar
as formas, sentir a textura dos grãos,
abrir e rasgar a pedra,
percorrer o mistério dos relevos,
romper arestas, singrar topografias...
ouvir o canto profundo dos oceanos,
alcançar pelo degredo o cume das montanhas,
caminhar com o coração
pela escuridão dos vales,
e assim galgar os ciclones da alma.
O seu olhar nunca se congelará
porque as mãos do Oleiro dançam
sobre a massa que modela o informe
e o silencio é sempre sentinela
à ausculturar o murmurio sibiloso
do regato e,
nesta compulsão da argila e sua escrita,
mesmo que as sombras cubram o sol
ainda assim guardará
todo o o universo refletido!

 
Enviado por Lilian Reinhardt em 02/07/2014




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