Henri Matisse. Rosto de Mulher, desenho
CRIAS/TABULA
....Maat, entre a leveza e o peso...o amor em outro tempo da alma...
Abri portas sob os celeiros,
cozidos de sal.
Extrai desse cheiro de pó,
o fel das crinas
de ninhos empalhados.
Recebi dos deuses como óbolo,
a patena, a loucura,
e uma suave amargura
de levitar
o corpo sobre a arena...
Entre as feras de mim,
deixei-me a parir,
e entre crias, açucenas,
sob o quintal e o mural,
grafitei-me para o anoitecer...
Na redoma da pele,
ascultei na alma os oráculos,
e sangrou-me com agua escura
um gélido vento dos tabernáculos...
nuances de sombras,
caracóis de arlequins.
E assim cumpriu-se...
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