Memoriais de Zocha
(A falta de compreensão da tua ausência cria o meu Absurdo)
Este silencio da minha tela oculta, tela com olor acre
tela plana, plasma de fantasmas, na pressa de chegar
a lugar nenhum, Zocha desliga o botão.Guarda as formigas, o sal do orvalho, o canto das vértebras da paleta, os fósseis adormecidos
na ogiva da lápide.
No buraco negro o olho mágico da garganta do inconsciente, uma bandeja de chá, um sussurro do vento extirpador e as palavras
se reviram e o tempo não sustém colunas de palavras.
Versos flanam pelas ruas, recolha-os quem passar
sem vendas nos olhos nem tapumes, só mendigos catam versos, recolho alguns na orla da minha fome.....................................................................
Quem fala por detrás desta minha tela inacabada? Variantes do sismo refletem no lago fragmentos de ondas sonoras.
Há um lugar
sem tempo para eu aconchegar-me a ti?
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 04/01/2013
Alterado em 14/01/2013
